segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Somewere Over The Rainbow ,fogo crueldade queima Pantanal,Amazônia natur...



O Brasil está em chamas, e isso não é uma figura de linguagem. Os principais biomas do país estão literalmente sendo consumidos por queimadas e incêndios generalizados sem precedentes, resultado de uma mistura explosiva de secas severas e absoluto descaso proposital do poder público com a proteção do meio ambiente. Mas até que ponto essas tragédias poderiam ser evitadas ou combatidas? 
A destruição ambiental não respeita fronteiras, nem biomas, e o Brasil enfrenta hoje uma das piores crises ambientais de sua história, com consequências potencialmente danosas para toda a sociedade. 
No Pantanal, maior planície interior inundada do mundo, o fogo já atingiu, até o final de agosto, mais de 12 % do bioma. No Cerrado, a savana mais biodiversa do mundo, já foram registrados mais de 38 mil focos de calor até hoje (16) e, na Amazônia, os números de queimadas e incêndios florestais registrados até o dia 14 deste mês já superaram setembro inteiro de 2019, um crescimento de 86% para o período, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A gravidade da situação é resultado, sobretudo, do projeto de destruição conduzido pelo governo Bolsonaro. O projeto do governo é o desmonte sistemático das estruturas e políticas públicas que promovem a proteção ambiental, somada a ausência premeditada de plano, meta ou orçamento capazes de proteger as riquezas naturais do Brasil de forma concreta. Este ano, por exemplo, mesmo com a crise provocada pelas queimadas generalizadas, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) só gastou 0,4% dos recursos  para ações diretas e já prevê cortes no orçamento para 2021
Brasil queima, o mundo todo perde 
As mudanças climáticas geram uma série de impactos em nossas vidas. Projeções apontam consequências como aumento de temperatura, redução de chuvas e consequentemente períodos mais secos em algumas regiões, incluindo a América do Sul. Essa é a previsão da Organização Mundial de Meteorologia para o período de 2020-2024
Um clima mais seco, por sua vez, é mais propício à ocorrência e propagação do fogo. A combinação de um clima mais seco à outros fatores, como a disponibilidade de material combustível (madeira, folhas, restos do desmatamento) e a fontes de ignição (onde entra a utilização de fogo para limpeza de área agrícola ou em processos de desmatamento) aumenta drasticamente as chances de ocorrência de incêndios. Todos os processo citados acima tem influência da ação humana.
Nos anos 2000 cientistas nomearam a era geológica atual da terra de “Antropoceno”, no qual as ações humanas mudam as características do planeta, principalmente devido ao aumento vertiginoso das emissões de gases do efeito estufa. Mais recentemente, o professor e historiador ambiental Stephen Pyne sugeriu que estamos entrando uma nova era, a do fogo ou Piroceno, que pode remodelar nosso planeta da mesma forma que a última Era do Gelo esculpiu nossos rios e lagos. Os impactos seriam devastadores para o clima e para a biodiversidade.




O processo pode levar à extinção em massa, mudança no nível dos oceanos e mudanças radicais na vegetação. De fato, o planeta está em chamas: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Califórnia, Austrália, Rússia e Indonésia.  

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