quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

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A rua Wall Street em Nova York

O economista Martin Armstrong é famoso por suas previsões sobre a situação econômica no mundo. Conseguiu prever a crise financeira russa de 1998 e a crise de 2008. Em entrevista à Sputnik Alemanha, o especialista disse que o ex-presidente da Rússia Boris Yeltsin foi vítima de uma intriga financeira de banqueiros norte-americanos.
O economista explicou que podia prever as mudanças econômicas baseando-se em sua própria fórmula financeira. Foi Armstrong quem previu a crise financeira de 2007 ainda em 1998, por isso foi um dos analistas financeiros mais procurados entre 1980 e 1990. O economista foi pré-selecionado para o título de gerente de fundos de cobertura do ano e trabalhou no Deutsche Bank. Seu talento levou a que a CIA quisesse obter sua fórmula. 
Cédulas de dólar
MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
Armstrong ofereceu-se para fazer previsões para a agência, mas a CIA queria receber a própria fórmula. Entretanto, o analista se recusou a revelá-la.
O economista comentou que, no fim dos anos 90, os banqueiros norte-americanos tentaram impor a sua influência econômica sobre a Rússia. Por isso, chantagearam o então presidente Yeltsin atuando através do multimilionário e empresário russo Boris Berezovsky.
Armstrong sublinhou que não tinha a certeza absoluta da interferência do governo norte-americano. No entanto, o analista estava convencido de que o Banco de Nova York e várias fundações financeiras dos EUA tinham participado desse negócio.
Os chantagistas fizeram Yeltsin contrair um empréstimo de sete bilhões de dólares (R$ 22,5 bilhões) do Fundo Monetário Internacional para a renovação do Kremlin e começaram a exigir que o presidente cedesse competências a Berezovsky. Yeltsin apercebeu-se do plano e dirigiu-se ao jovem Vladimir Putin, o que marcou o início da época de Putin, afirmou Armstrong.
Os banqueiros dos EUA tentaram colaborar com Armstrong e fazer o economista investir no fundo Hermitage Capital para realizar um golpe de Estado financeiro na Rússia. O economista se recusou a participar da campanha e revelou os planos dos EUA à mídia japonesa. Depois disso, Armstrong tornou-se alvo das autoridades norte-americanas.
O economista foi acusado de violação das regras e de fraude, tendo estado preso de 1999 a 2011. Enquanto isso, as autoridades ainda quiseram obter a fórmula financeira de Armstrong, mas o economista se recusou a revelá-la mais uma vez.
"O governo defende os banqueiros. Isso parecia ser uma parte do acordo entre os grandes empresários e os políticos […] Os banqueiros têm ouro, diamantes e petróleo. Realmente estavam convencidos de que poderiam apoderar-se da Rússia", explicou ele. Entretanto, os norte-americanos não conseguiram aceder às matérias-primas russas e o plano fracassou, concluiu o especialista.

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