quinta-feira, 1 de março de 2018

O novo míssil russo Avangard é uma arma hipersônica intercontinental 20 vezes mais rápida do que a velocidade do som, o que torna o sistema de defesa antimíssil dos EUA absolutamente inútil, declarou à Sputnik na quinta-feira (1) o especialista em assuntos militares Aleksei Leonkov.

Lançamento de um míssil russo do complexo tático Tochka (foto de arquivo)

Mais cedo, o presidente da Rússia Vladimir Putin anunciou que o novo míssil Avangard é capaz de voar nas camadas densas da atmosfera com alcance intercontinental a uma velocidade hipersônica.

"Considero isso uma resposta ao sistema de defesa antimíssil que os EUA implantaram na Europa. Os antimísseis norte-americanos, inclusive o Aegis, voam a uma velocidade 5 vezes maior que a do som. Para alcançar um míssil que voa com a velocidade de pelo menos Mach 10 é necessário possuir um antimíssil com velocidade de Mach 15, mas os EUA não têm essa arma, neste caso eles se tornam simplesmente inúteis", disse Leonkov.
"Nenhum sistema de defesa antimíssil poderá interceptá-lo", concluiu.
O especialista explicou que o míssil hipersônico russo tem uma velocidade compatível com a velocidade de satelização, 6 km/s, e também atinge o alvo com extrema 

O novo míssil de cruzeiro russo não possuirá limite de alcance e terá trajetória imprevisível, informou o presidente russo Vladimir Putin durante seu discurso anual perante a Assembleia Federal (Parlamento bicameral russo)

Presidente russo, Vladimir Putin, durante seu discurso anual perante a Assembleia Federal (Parlamento bicameral russo)

O alcance é ilimitado, pode manobrar por um período indeterminado", declarou o presidente comentando a imagem gráfica de um voo do protótipo do míssil.
"No fim de 2017, no polígono central da Federação da Rússia foi testado com sucesso o novo míssil de cruzeiro russo com gerador nuclear. Durante o voo, o gerador alcançou a potência preestabelecida e nível de impulso. Os resultados do lançamento do míssil e a série de testes em terra criam a possibilidade de passar para um tipo de armamento absolutamente novo – um sistema estratégico nuclear com um míssil equipado com gerador nuclear", afirmou o presidente russo.
"Como podem imaginar, ninguém no mundo tem algo assim. Possivelmente, terão um dia, mas durante esse tempo nossos compatriotas conseguirão criar algo melhor", acrescentou Putin.

Putin revelou que a Rússia começou desenvolvendo novos tipos de armas estratégicos que não usam trajetórias balísticas para alcançar o alvo, por isso os sistemas antimísseis são inúteis para combatê-los.
O presidente sublinhou que esses sistemas de armamento são baseados em tecnologias desenvolvidas pelos cientistas e engenheiros russos.
Uma dessas novas armas é o pequeno gerador nuclear muito potente que é instalado em um míssil de cruzeiro, como o novo míssil russo Kh-101 ou o míssil norte-americano Tomahawk, mas seu alcance é dezenas de vezes maior, sendo praticamente ilimitado.
O presidente mostrou na grande tela um vídeo com modelagem por computador do voo desse míssil de cruzeiro com gerador nuclear.


© SPUTNIK.
Novo míssil de cruzeiro russo
Este 1º de março, o líder russo proferiu o tradicional discurso anual perante a Assembleia Federal da Rússia. Durante a mensagem foram mostrados vários vídeos com os recentes desenvolvimentos de equipamento militar russo que nunca foram publicados antes. Entre estes, o sistema de mísseis estratégico Sarmat, um míssil de cruzeiro de alcance ilimitado, um submersível não tripulado e o sistema de mísseis para aviação Kinzhal, entre outros.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

IMPEACHMENT BRASIL - GOLPE DA CIA EMBAIXADA DOS EUA

A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) conseguiu intrometer-se em uma grande quantidade de eleições de países estrangeiros ao longo dos anos, como Guatemala, Sérvia e Irã, entre outros, segundo informaram funcionários da CIA ao jornal The New York Times.
Na sexta-feira (16), o Departamento de Justiça dos EUA divulgou por meio de documentos judiciais que os Estados Unidos acusaram 13 cidadãos russos e 3 empresas de tentarem interferir nas eleições presidenciais de 2016. 
A acusação de 27 páginas, um produto do inquérito do advogado especial Robert Mueller, alegou que esses acusados usavam personagens falsos para tentar influenciar o resultado das eleições a favor do presidente Donald Trump.
"Se você perguntar a um oficial de inteligência, 'os russos violaram as regras ou fizeram algo estranho [?]', a resposta é não, de modo algum", disse, ao The New York Times, Steven L. Hall, ex-chefe das operações da CIA na Rússia. Ele se aposentou em 2015, após 30 anos de serviço. Na declaração ele ainda afirma que Washington "absolutamente" se intrometeu em eleições estrangeiras ao longo da história.
O ex-funcionário da inteligência expressou que acredita que os Estados Unidos continuarão sua prática interferente, informou o jornal no final deste sábado (17).
"Nós temos feito esse tipo de coisa desde que a CIA foi criada, em 1947. […] Nós usamos cartazes, panfletos, correios, banners — o que você imaginar. Criamos informações falsas em jornais estrangeiros. Utilizamos o que os britânicos chamam de 'cavalaria do rei George': malas de dinheiro", afirmou Loch K. Johnson, ex-membro do Comitê seleto do Senado dos EUA para estudar operações governamentais em relação às atividades de inteligência.
Ao interferir nas eleições, a CIA ajudou a derrubar líderes eleitos no Irã e na Guatemala na década de 1950, ao mesmo tempo em que planeja assassinatos de líderes políticos em várias regiões, de acordo com o jornal.
Os Estados Unidos acusaram repetidamente a Rússia de interferir nas eleições presidenciais de 2016 e está investigando alegações de conluio entre a Rússia e a campanha do então candidato a presidente, Donald Trump.
As autoridades russas negaram as acusações de intromissão na eleição dos EUA. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as acusações são "absolutamente infundadas". Por sua vez, a Casa Branca também reiterou que não há nenhuma prova que sustente as alegações de conluio entre a campanha de Trump e Moscou durante a eleição.